Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 5 de 5
Filtrar
Mais filtros










Base de dados
Intervalo de ano de publicação
1.
Rio de Janeiro; s.n; 2022. 292 f p.
Tese em Português | LILACS | ID: biblio-1426002

RESUMO

Georges Canguilhem (1904-1995), filósofo francês, possui uma extensa produção intelectual cuja importância percorre diferentes áreas do saber. Apesar da variedade de temas abordados pelo autor, parece prevalecer um discurso quase monotemático ­ quando se trata de seu pensamento no Brasil ­ relativo ao debate em torno de sua tese, O normal e o patológico. Tal fenômeno se relaciona aos processos de recepção e circulação de suas ideias, marcados pelo campo de construção da Saúde Coletiva brasileira. Por meio de pesquisa bibliográfica e entrevistas com intelectuais brasileiros protagonistas deste cenário, procurei investigar e construir uma parte da história de sua recepção e circulação no país a fim de apreender o movimento que alçou o discurso do normal e patológico como protagonista. Em paralelo, a construção desta narrativa permitiu revelar outras leituras, localizadas em campos e grupos externos à saúde. Tendo em vista alguns acontecimentos históricos e sociais particulares, o período privilegiado de análise compreendeu o início dos anos 70 até o final dos anos 90. Com efeito, as leituras de Georges Canguilhem no Brasil, apesar de protagonizadas pelo campo da saúde, não são unívocas e homogêneas e estão para além do normal e do patológico. Sendo assim, apresento cinco facetas que caracterizam este processo e permitem compreender a extensão e peculiaridade de sua circulação em território nacional: a) a História das Ciências na primeira metade da década de 70; b) o campo da Saúde Pública (mais adiante reconfigurada epistemologicamente como Saúde Coletiva) a partir de 1975; c) o campo psi desde o final dos anos 70; d) a história epistemológica apresentada por Roberto Machado no início dos anos 80; e) a leitura contemporânea empreendida entre o final dos anos 90 e o final dos anos 2000.


Georges Canguilhem (1904-1995), a French philosopher, has a vast intellectual production whose relevance goes through different fields of knowledge. Although the variety of subjects addressed by the author, it seems that virtually one topic prevails in his discourse ­ when it concerns his thought in Brazil ­ regarding the discussion about his proposition, The Normal and the Pathological. Such phenomenon is related to the processes of reception and circulation of his ideas, characterized by the setting field of Brazilian Collective Health. By the means of literature review and interviews with the leading Brazilian intellectuals in this set, I pursued investigating and conceiving a part of the history of its reception and circulation in the country in order to comprehend the movement that reached the normal and the pathological statement as a major speech. Simultaneously, this narrative conceiving enabled me to disclose literature from external fields and groups other than health's. Considering some particular historical and social events, the chosen period of analysis covers the early 1970s to late 1990s. In fact, Georges Canguilhem's literature in Brazil, although it is mainly studied in the field of Health, is not univocal and homogenous, it is beyond the normal and the pathological. Thus, I present five aspects that characterizes this process and enables comprehending the scope and the uniqueness of its circulation in Brazil: a) History of Sciences in the first half of 1970s; b) the public health field (that was later epistemologically set up as Collective Health) as from 1975; c) the fields of Psychology, Psychiatry and Psychoanalysis as from the late 1970; d) the epistemological history presented by Roberto Machado in early 1980s; e) the contemporary reading undertaken between the late 1990s and the late 2000s.


Assuntos
Saúde Pública/história , Conhecimento , Filosofia , Brasil
2.
Interface (Botucatu, Online) ; 22(66): 721-731, jul.-set. 2018.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-954313

RESUMO

Este artigo visa situar o conceito de medicalização na obra de Michel Foucault para pensar sua utilidade teórica na análise deste fenômeno. Partimos da hipótese de que a medicalização envolve dois sentidos para o autor: um relacionado à medicina como prática social que passa do Estado à população; e outro relacionado ao fenômeno da medicalização indefinida, ou seja, da impossibilidade de se produzirem práticas corporais fora do alcance da medicina. Em seguida, trataremos da medicalização inserida no campo do biopoder contemporâneo, que tem uma nova configuração a partir da emergência da noção de risco e das novas biotecnologias. Por fim, apresentaremos a posição do filósofo frente aos seus contemporâneos, a fim de situá-lo historicamente e mostrar como sua teoria se aproxima e se distancia do debate em torno da medicalização nos anos de 1970.(AU)


The aim of this paper is to describe the concept of medicalization in the work of Michel Foucault and to consider its theoretical usefulness in analyzing the phenomenon. The study is based on the hypothesis that medicalization involves two meanings according to Foucault: the first related to medicine as a social practice doled out by the State to the population; and the other related to the undefined phenomenon of medicalization, i.e., the impossibility of producing practices involving the body outside of the reach of medicine. Next, medicalization is inserted in the field of contemporary biopower, which presents a new configuration based on the emergence of the notion of risk and new biotechnologies. Last, we compare the philosopher's position with that of his contemporaries, in order to historically situate him and compare and contrast his theory with the debate about medicalization in the 1970s.(AU)


El objetivo de este artículo es situar el concepto de medicalización en la obra de Michel Foucault para pensar su utilidad teórica en el análisis de este fenómeno. Partimos de la hipótesis de que la medicalización envuelve dos sentidos para el autor: uno relacionado con la medicina como práctica social que pasa del Estado a la población y otro relacionado con el fenómeno de la medicalización indefinida, es decir, de la imposibilidad de que se produzcan prácticas corporales fuera del alcance de la medicina. A continuación, trataremos de la medicalización inserida en el campo del biopoder contemporáneo, que tiene una nueva configuración a partir de la emergencia de la noción de riesgo y de las nuevas biotecnologías. Finalmente, presentaremos la posición del filósofo ante sus contemporáneos con la finalidad de situarlo históricamente y mostrar como su teoría se aproxima y se distancia del debate alrededor de la medicalización en la década de 1970.(AU)


Assuntos
Humanos , Filosofia , Medicina Social , Poder Psicológico , Saúde/tendências , Medicalização
3.
Rio de Janeiro; s.n; 2018. 145 f p.
Tese em Português | LILACS | ID: biblio-905430

RESUMO

A literatura nacional e internacional aponta uma correlação entre adolescentes em conflito com a lei e transtornos psiquiátricos. Todavia, um tema ainda pouco explorado é a análise sociológica dessa associação, a partir da premissa de que o uso desses diagnósticos pode ser um instrumento de classificação e manejo de condições que poderiam também ser compreendidas como desdobramentos da precariedade e vulnerabilidade social desses indivíduos. Com efeito, esta população não passa indiferente aos processos de medicalização no contemporâneo e suas características, muitas vezes, são interpretadas como estados patológicos que se sobressaem à sua realidade social. O objetivo deste trabalho foi compreender as nuances sociais, epistemológicas e técnicas envolvidas no encontro dos saberes em saúde mental com esta população, mediado pela instituição socioeducativa, a fim de identificar se e como ocorreria um processo de medicalização da conduta de indivíduos internos nessas instituições. Nesse sentido, buscou-se compreender o processo de produção, transformação e usos da categoria diagnóstica Transtornos de Conduta, bem como a relação entre essa classificação psiquiátrica, marcadores sociais de diferença e forma de gestão de adolescentes em conflito com a lei em um contexto social específico. A metodologia é de cunho teórico-qualitativa e consistiu em entrevistas semidirigidas com a equipe de saúde mental de uma unidade do Departamento Geral de Ações Socioeducativas (DEGASE), bem como a análise de arquivos e documentos de adolescentes em conflito com a lei. A partir destes procedimentos, procurou-se compreender e analisar os possíveis diagnósticos psiquiátricos mais associados a este contexto institucional. Entretanto, o que se constatou é que a equipe de saúde mental não faz uso de categorias psiquiátricas, tendo em vista que o sofrimento psíquico é, na maioria das vezes, decorrente do contexto de internação ou das histórias de vida pregressas atravessadas pela violência. Sendo assim, a categoria Sofrimento Psíquico aparece como um contraponto à ideia de Transtorno Mental. O contexto social e o período de internação também emergem com maior relevância nos documentos dos adolescentes, que se tornam uma ponte entre o campo jurídico e a instituição socioeducativa. A hipótese desta investigação é de que os documentos possuem uma função dupla de controle social e, ao mesmo tempo, de denúncia. O relato dos profissionais parece os colocar em uma posição crítica frente à redução dessas vidas a uma categoria psiquiátrica. Do mesmo modo, a posição majoritária da equipe vai de encontro à literatura científica que afirma uma prevalência exorbitante de Transtornos Mentais nesta população. Estes resultados estão atrelados à metodologia empregada que possibilita apreender apenas a construção de si por parte da instituição


Assuntos
Humanos , Adolescente , Adolescente Institucionalizado , Acontecimentos que Mudam a Vida , Medicalização , Transtornos Mentais/diagnóstico , Saúde Mental/tendências , Pesquisa Qualitativa , Controle Social Formal
4.
Estud. Interdiscip. Psicol ; 8(2): 126-145, jul/dez. 2017.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-859522

RESUMO

Este artigo propõe uma articulação entre arte contemporânea e clínica psicológica a partir da obra de Ernesto Neto. Auxiliados pelas perspectivas feministas e filosóficas pós-estruturalistas, problematizamos a clínica a fim de propor uma prática éticaestética-política voltada às interrupções dos modos de produção de subjetividade que normatizam a existência, e substituí-los pela produção de estados de arte que estimulam as diferenças e singularizações. Assim, abordaremos quatro pilares de problematização: a) arte e clínica; b) arte e estudos feministas; c) arte e filosofia; d) arte e corporeidade. A obra de arte contemporânea possibilita aos sujeitos repensarem sua relação com o mundo, mostrando um espaço de fuga do cotidiano, em que o sujeito deixa de pensar para respirar a própria vida pela via da sensação e não mais pela razão. Assim, o sujeito é convidado a forçar o pensamento a pensar pelo sentir e não pelo representar (AU).


This paper proposes a link between contemporary art and clinical psychology inspired by Ernesto Neto's work. Trough feminist and post-structuralist philosophical perspectives, we raise clinical issues to propose an ethical-aesthetic-political practice aiming to interrupt the modes of production of subjectivity, which normalize the existence, and to substitute them for the production of modes of art that stimulate differences and singularizations. Therefore, we follow four pillars of questioning: a) art and clinical practice; b) art and feminist studies; c) art and philosophy; d) art and corporeality. Contemporary art allows the subjects rethink their relationship with the world, opening up possibilities for a daily escape space, in which the subject stop thinking to feel life itself through sensation but not reasoning. So the subject is asked to think by means of feeling, not of representation (AU).


Este trabajo propone un vínculo entre el arte contemporáneo y la psicología desde la obra de Ernesto Neto. Ayudado por la perspectiva filosófica post-estructuralista, problematizamos la clínica a fin de proponer una práctica ética-estética-política orientada a las interrupciones de procesos de producción de subjetividad que regulan la existencia, para incitar la producción de estados de arte que estimulan las diferencias y singularizaciones. Seguiremos cuatro reflexiones: a) el arte y la práctica clínica; b) estudios de arte y feministas; c) el arte y la filosofía; d) el arte y la corporalidad. El arte contemporánea permite que los sujetos replanteen su relación con el mundo, posibilitando un espacio de escape diaria, en la que el sujeto impensa a pensar la vida no más pela razón más pela sensación. Entonces, se pide al sujeto que forcé la mente para pensar pela sensación e no pela representación (AU).


Assuntos
Arte , Sensação
5.
Interface comun. saúde educ ; 20(58): 703-714, jul.-set. 2016.
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-784237

RESUMO

As dificuldades de comportamento na infância têm sido alvo de inúmeras discussões na área médica e educacional, sobretudo nos últimos anos. Com isto, dois fenômenos inter-relacionados se sobressaem: a medicalização e a patologização da infância. A medicina e a psiquiatria são saberes produtores destes processos ao criarem e recriarem categorias diagnósticas que justifiquem inúmeros problemas da rede de relações complexas que caracterizam o ambiente escolar. Nesta perspectiva, pretendemos trazer o relato de pais e professores de uma escola pública do interior de São Paulo sobre alunos, com idade entre sete e 11 anos, diagnosticados com Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e relacioná-lo com as discussões acerca do processo de medicalização na atualidade. Considera-se que as crianças que apresentam dificuldades de aprendizagem ou comportamento são categorizadas como um corpo biológico a-histórico desprovido de vida social e afetiva.


Difficult behaviors in childhood are the center of frequent discussions in the medical and educational areas in the last years. Two interrelated phenomena stand out in this debate: the medicalization and pathologization of childhood. Medicine and psychiatry are known as producers of these processes creating and recreating diagnostic categories to justify innumerable problems in the complex relationships in the school environment. From this perspective, we intend to bring the narratives of parents and teachers from a public school in the state of São Paulo about students, aged between seven and 11 years old, diagnosed with Attention Deficit/Hyperactivity Disorder (ADHD) that link with discussions about the medicalization process in the present society. It is considered that children who have shown difficulties in learning or behaving are categorized as biological ahistorical bodies lacking social and affective life.


Las dificultades de comportamiento en la infancia han sido blanco de inúmeras discusiones en el área médica y educacional, sobre todo en los últimos años. Con esto, dos fenómenos interrelacionados sobresalen: la medicalización y la patologización de la infancia. La medicina y la psiquiatría son saberes productores de estos procesos al crear y recrear categorías diagnósticas que justifiquen inúmeros problemas de la red de relaciones complejas que caracterizan el ambiente escolar. Desde esta perspectiva, pretendemos traer el relato de padres y profesores de una escuela pública del interior de São Paulo sobre alumnos, con edad entre siete y 11 años, diagnosticados con Transtorno do Déficit de Atención e Hiperactividad (TDAH) y relacionarlo con las discusiones acerca del proceso de medicalización en la actualidad. Se considera que los niños que presentan dificultades de aprendizaje o comportamiento son categorizados como un cuerpo biológico a-histórico desprovisto de vida social y afectiva.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Criança , Transtorno do Deficit de Atenção com Hiperatividade , Criança , Medicalização/educação , Deficiências da Aprendizagem
SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
DETALHE DA PESQUISA
...